Guiseppe Parisi, 2009
Desabituei-me da pressa de chegar, desabituei-me da noção de distância, de sentir a demora e correr com medo de faltar. Desabituei-me de olhar para o relógio e temer chegar atrasada a todo o lado e a parte nenhuma. Desabituei-me do ponto de partida como ponto de chegada e vice-versa. Desabitei-me do tempo e do espaço como medida de existência. Não tenho pressa nem destino. Porque o destino não existe e a pressa não é solução. Abraço a vontade como luz que vence a escuridão. E oiço as histórias sem tempo gravadas com o coração num horizonte infinito.