Anabark, Candeeiros (JUN2012)
Talvez tudo fosse pouco mais do que nada. Talvez eu julgasse apenas que sim porque sim, porque queria muito que fosse. Talvez a verdade fosse apenas essa, a de não haver mais do que uma forte vontade de ser o universo inteiro, perfeito e acabado, como se houvessem universos perfeitos, imaculados... Talvez fosse esse desejo maior que a realidade que começava e acabava sem nunca ter crescido. Talvez tudo fosse apenas a ideia de um infinito só em mim definido. Talvez fosse um querer tão grande não inteiramente compreendido. Talvez fosse amar demais se o Amor se medisse. Talvez fosse eu. Talvez fosse a falta de quem eu quis que durasse a vida inteira comigo. Talvez fosse a noite desencontrada e os dias de desperdício. Talvez.