segunda-feira, 31 de janeiro de 2011

É, não é?

Roe..., Sem título, 2010

"...Porque eu me imaginava mais forte. Porque eu fazia do amor um cálculo matemático errado: pensava que, somando as compreensões, eu amava. Não sabia que somando as incompreensões é que se ama verdadeiramente."
Clarice Lispector

quarta-feira, 26 de janeiro de 2011

Sonho de uma noite de inverno


Esperava na paragem de autocarro. E tu vinhas a passar... 

quinta-feira, 20 de janeiro de 2011

Positivamente

Roe, Illusions of Love

We'll get well soon ;-)

terça-feira, 18 de janeiro de 2011

Convergência

Yves Rubin, Convergence

A inevitabilidade do curso dos rios em direcção ao mar não é corrompida por muitos obstáculos que enfrente pelo caminho.

segunda-feira, 17 de janeiro de 2011

Construção

Cno Eso, Papagaios em dias de chuva, DEZ10

Ter tudo não é um princípio, é um fim.

domingo, 16 de janeiro de 2011

Olá

Anabark, A penny for yor thoughts..., JAN2011 (foto de telemóvel)

Hoje foi o dia, o primeiro momento da aventura que não tem tempo, mas que é essencial recordar como tudo começou. Hoje é sempre o dia. Sempre para sempre.

sexta-feira, 14 de janeiro de 2011

Opacidade

Anabark, Ameixoeira nebulosa, JAN2011 (foto de telemóvel)

Hoje sou nevoeiro. Caminho lentamente, a medo, não sei o que a névoa opaca esconde, mas sei que algo nela se oculta e eu quase não me vejo. Hoje sou nevoeiro, à espera de resgate e de resiliência minha e tua.

quinta-feira, 13 de janeiro de 2011

Só um mundo de amor pode durar a vida inteira

Rob Oele, Algarve in the Spring Series, 2010

"...O amor é uma coisa, a vida é outra. O amor não é para ser uma ajudinha. Não é para ser o alívio, o repouso, o intervalo, a pancadinha nas costas, a pausa que refresca, o pronto-socorro da tortuosa estrada da vida, o nosso "dá lá um jeitinho sentimental". (...) Amor é amor. É essa beleza. É esse perigo. O nosso amor não é para nos compreender, não é para nos ajudar, não é para nos fazer felizes. Tanto pode como não pode. Tanto faz. É uma questão de azar. (...) O amor não se percebe. Não é para perceber. O amor é um estado de quem se sente. O amor é a nossa alma. É a nossa alma a desatar. A desatar a correr atrás do que não sabe, não apanha, não larga, não compreende.

(...) O amor é uma coisa, a vida é outra. A realidade pode matar, o amor é mais bonito que a vida. A vida que se lixe. Num momento, num olhar, o coração apanha-se para sempre. Ama-se alguém. Por muito longe, por muito difícil, por muito desesperadamente. O coração guarda o que se nos escapa das mãos. E durante o dia e durante a vida, quando não esta lá quem se ama, não é ela que nos acompanha - é o nosso amor, o amor que se lhe tem. Não é para perceber. É sinal de amor puro não se perceber, amar e não se ter, querer e não guardar a esperança, doer sem ficar magoado,viver sozinho, triste, mas mais acompanhado de quem vive feliz. Não se pode ceder. Não se pode resistir. A vida é uma coisa, o amor é outra. A vida dura a Vida inteira, o amor não. Só um mundo de amor pode durar a vida inteira. E valê-la também."

Miguel Esteves Cardoso, in 'Jornal Expresso'

quarta-feira, 12 de janeiro de 2011

Jogo a feijões

Ace of Spades

Irritam-me profundamente aquelas pessoas que dizem: 'Não gosto de perder nem a feijões!'. Mas alguém gosta?! Que frase tão estúpida e pequenina! Um vencedor sabe que perder faz parte da vida, que a vida é uma jogo, e sabe perder. Um vencedor respeita os adversários e, acima de tudo, respeita as derrotas, as dele e as dos outros. Ganhar não é 'gostar de não perder', ganhar é saber jogar, ser mais forte. Ganhar é, também, saber perder quando o adversário prova a sua grandeza. Vencedor é aquele que respeita o jogo para além do espiríto de competição. Um vencedor mantém a dignidade e nunca fala de feijões para justificar falhas de carácter como a ganância e a pequenez de alma do 'disposto-a-tudo-para-ganhar'.

terça-feira, 11 de janeiro de 2011

Diferença substancial

Anabark, Luz de toque, JAN2011 (foto de telemóvel)

"Being deeply loved by someone gives you strength, while loving someone deeply gives you courage."
Lao Tzu

domingo, 9 de janeiro de 2011

Desafiando a gravidade

Anabark, Gravidade, 2009

"Quand une femme est la douceur et le trouble, l'ammusement et la gravité, la nouveauté et la memoire, le voyage et la demeure... Quel homme / femme digne de ce nom refuse ce miracle et choisit de fuir en invoquant l'inconfort d'aimer?"

Erik Orsenna (2001)

sábado, 8 de janeiro de 2011

Irreflexão

Anabark, Múmia, JAN2011 (foto de telemóvel)

Há dois ou três dias atrás, já não sei, o tempo agora é irrevelante, estava tão chateada que peguei numa tesoura e numa máquina de cortar cabelo e mudei-me. O cabelo deixou de estar onde antes estava. Mudou a minha imagem no espelho e o cabelo espalhou-se pelo chão. Corajosamente, saí para a rua e toda a gente reparou. Gostaram e não acreditaram que foi um acto de frustração nem acreditam que foram as minhas mãos! Elogiaram-me o jeito. E eu ri-me, não por vontade, para ser agradável. Por fora, aparentemente, não se nota, mas, por dentro, continuo mumificada de tão imenso aborrecimento...

sexta-feira, 7 de janeiro de 2011

Conselho

Bob Reynolds, Mud volcanoes of the Salton Sea

"...Be patient toward all that is unsolved in your heart and try to love the questions themselves, like locked rooms and like books that are now written in a very foreign tongue. Do not now seek the answers, which cannot be given you because you would not be able to live them. And the point is to live everything. Live the questions now. Perhaps you will then gradually, without noticing it, live along some day into the answer."

Rainer Maria Rilke, Cartas a um jovem poeta (Carta Quatro, 16 Jullho 1903)

terça-feira, 4 de janeiro de 2011

Oportunidade

Armando Jorge Espinho, Sem título

"Año nuevo no es vida nueva pero si es una nueva oportunidad para hacer mejor las cosas"