quinta-feira, 26 de novembro de 2009

9mm


Também tenho munições...
...milimetricamente eficientes.

segunda-feira, 23 de novembro de 2009

Acontece no Oeste... e não só



Tenho a pistola... Vá, DESPE-TE!

quinta-feira, 19 de novembro de 2009

Electromagnetismo

Steve H, London Visions

E se desatássemos a correr pelos dias, que imagens focaríamos? A velocidade, por desatenta que seja, tem a vantagem de recriar perspectivas e definir paisagens ligeiramente diferentes da realidade. Se pudéssemos fixar esse intervalo entre o que realmente é e o que julgamos ver, que coisas novas descobriríamos acerca de nós mesmos? Enquanto tento imaginar, para passar um pouco mais depressa pelas horas onde estou agora, dou-me conta que o teu tempo, tão diferente do meu, vai passando por onde não nos vamos encontrar senão à noite, quando nos regressamos por inteiro, despidas de contratempos, disponíveis em intensidade. Temos tão pouco tempo para tanto que nos queremos dar! Quem me dera que fôssemos mais velozes e fizéssemos durar as noites tão infinitamente quanto as horas dos dias que nos separam… Quem me dera ser raio de luz e encontrar-te, ao longo do dia, a intervalos regulares, empurrada pela voracidade dos trezentos mil quilómetros por segundo de um impulso e percorrer-te por inteiro com a velocidade desta ideia magnética que me anima!...

terça-feira, 17 de novembro de 2009

Uma ideia de fé

Jasontheaker, Photographic paradox, 2009

Viver é acreditar. Acreditando vivemos mais coisas no mesmo tempo de vida. Acreditando vivemos, sem dar conta, duas vidas numa só. Acreditar é crescer em altura e em comprimento, porque construímos uma alma maior, mais preparada para chegar a todo o lado. Acreditar é saber que não estamos sós e poder contar sempre com isso, porque fica mais pobre aquele que escolhe desfocar o mundo e ver tudo de um só lado. Acreditar é aprender um pormenor diferente em cada dia que passa, decorá-lo até saber falar dele de cor, sem hesitações. Acreditar é confiar que o lado bom é infinitamente superior ao pior que se imagine, porque vivem bem aqueles que fazem dos obstáculos pontos de apoio para alargar conhecimento. O Amor, que é coisa que não se vê, acredita-se porque se sente e vive-se acreditando que aquilo que não vemos nem tocamos é uma razão maior do que a nossa capacidade de raciocínio. Amar é confiar e confiar é admitir que há coisas que não sabemos explicar e crescer em busca de respostas, sem desistir nem vascilar no que sentimos como força maior, centro do mundo. Assim te sinto eu.

segunda-feira, 2 de novembro de 2009

Um lobo chamado António Sérgio


Foi ontem, dia de Todos-os-Santos, durante a hora do lobo que partiu. Ou talvez não. Ninguém parte realmente quando deixa para trás história viva em cada um de nós crescidos ao som de uma voz, de um gosto, de uma estética, de uma maneira de estar sem fronteiras. Apostas, transgressões para a frente, sempre adiante e mais além. Sede de descobrir, de arriscar, de musicar o mundo de forma alternativa, porque o mundo tem ser alternativo para que seja inteiro e completo. Porque o direito à diferença foi o que aprendi na voz, no som, na escolha de António Sérgio, assim cresci embalada pelo uivo da resistência e assim me reconheço parte da matilha do lobo 'Gitano', obrigado António Sérgio - o teu espírito vive para sempre... para além do éter para além do tempo.