segunda-feira, 17 de março de 2014

Por ridículo que seja

El Karamelo, Empty 2

Assim, num imprevisto, vem-me à cabeça a frase de um poema que exclama 'Eu que tantas vezes tenho sido ridículo, absurdo...'* e penduro no armário a perfeição do mundo como roupa de estação que nunca virá a ser. Toda a gente veste a angústia das coisas ridículas mas poucos a assumem. Visto os dias de ideais que não calo por muito absurdos que pareçam ditos em voz alta. Sei que sou apenas o sonho de ser um pouco mais além. E, no absurdo em que tantas vezes me encontro, desencontro-me de todos quantos se acreditam acima do ridículo que são.

* Álvaro de Campos in 'Poema em Linha Recta'

quarta-feira, 5 de março de 2014

Da primeira à última

Anabark, Sombra (OUT 2013)

O corpo de ontem na sombra de hoje e a alma de sempre. A memória que, na pele, não se esquece. A pele que se toca de memória no que resta de coração.