quinta-feira, 30 de agosto de 2007

Arrumações

C. Evans, 10-29-05 My Room, Dammit!, 2005

E quando tu não estás nada está no seu devido lugar. Arrumo objectos, planos e pensamentos e tudo permanece fora de sítio. Faltas tu e sem ti a casa está desarrumada. Vejo a desordem acontecer sozinha e não faço nada contra este estado de sítio inevitável em que as coisas divagam durante a tua ausência. Não posso fazer nada, deixo tudo acontecer sem mim, porque sem ti eu existo em parte incerta. A desordem é uma forma de distrair a espera. Enquanto não chegas transformo os dias em puzzles e em equações indecifráveis. Não procuro soluções. O Universo tem uma ordem precisa que voltará a ser amanhã, quando voltares.

8 comentários:

underadio disse...

Por favor, querida Always, não me leves a mal mas não consigo deixar de me rir, LOLLLLL, com este post.
;D

underadio disse...

Por favor, querida Always, não me leves a mal mas não consegui deixar de lançar umas qts gargalhadas com este post.
;D

Beijos p as duas

underadio disse...

Um comentário a repetir pq o blogger não estava a deixar-me rir em condições LOLLLLLLLLLLLL.

Always disse...

Coisas que mudam sozinhas de lugar dão sempre vontade de rir... é um riso nervoso, suponho!

Beijos

wind disse...

Adorei esta prosa, donde se prova que não é preciso escrever muito para se dizer tudo:)
beijos

Memory disse...

Belissimo texto sobre a ausencia. Poucas palavras e tudo dito.

Um abraço

Always disse...

Wind,

Obrigada!
Às vezes, quanto mais se diz mais longe se fica do tanto que se sente. Como diz a Laurie Anderson "Language is a Virus"... :)

Beijos

Always disse...

Memory,

Tendo em conta que este teu comentário se refere ao pensamento do Bussy-Rabutin, limito-me a concordar contigo! :)

Um abraço