Foi ontem, dia de Todos-os-Santos, durante a hora do lobo que partiu. Ou talvez não. Ninguém parte realmente quando deixa para trás história viva em cada um de nós crescidos ao som de uma voz, de um gosto, de uma estética, de uma maneira de estar sem fronteiras. Apostas, transgressões para a frente, sempre adiante e mais além. Sede de descobrir, de arriscar, de musicar o mundo de forma alternativa, porque o mundo tem ser alternativo para que seja inteiro e completo. Porque o direito à diferença foi o que aprendi na voz, no som, na escolha de António Sérgio, assim cresci embalada pelo uivo da resistência e assim me reconheço parte da matilha do lobo 'Gitano', obrigado António Sérgio - o teu espírito vive para sempre... para além do éter para além do tempo.