Continua a chover por todo o lado. A chuva passeia-se pela rua e dentro de algumas casas, não poucas, também. E de pouco nos adianta a saudade de dias de roupa leve e céu aberto e lento. De nada serve queixarmo-nos do corpo encharcado e cheio de frio que arrastamos todos os dias por entre os intervalos da chuva, vento ou as duas coisas ao mesmo tempo. O Inverno reina no tempo dele, indiferente à indignação humana. E nós queixamo-nos por haver estações do ano umas menos azuis do que outras. Queixamo-nos da falta de água quando a chuva não chove e, quando chove, achamos sempre que é em demasia, convencidos de que sabemos melhor do que a Mãe-Natureza em que quantidades deve vir e ficar o Inverno. Melhor seria preocuparmo-nos em pensar soluções para melhorar o tempo dos homens em vez de dedicarmos os nossos dias debaixo de chuva a discursos inúteis sobre a metereologia, cheios de queixas infantis e caprichosas contra aquilo que realmente não podemos mudar nem alterar de acordo com vontades, jeitos e conveniências... e ainda bem.
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