Dragomir Vukovic, All, 2010
Que acontece aos espaços em branco que ficam dos dias? Porque há dias incompletos e horas que não se esgotam totalmente no que esperamos delas. Que acontece a esses intervalos de tempo imaterial? Acumulam como pontos de um crédito impalpável para usar numa outra ocasião de maior conveniência? É confortável a ideia de que existem vazios, intervalos e branco, espaços de tempo disponível, alternativas de voltar a fazer e fazer melhor o que ainda não aprendemos totalmente, o que perdemos ou o que não demos conta que existiu. É importante agarrar essa possibilidade como fruta fora de época que nos desperta maior vontade, porque viver é mais do que tempo contado, universal. A vida é a subjectividade do espaço temporal que ocupamos combinada com o desejo de rosas quando não as possa haver. Se assim não fosse, o universo inteiro seria uma imensa maçada, porque a previsibilidade é cansativa e porque não vivemos realmente se sabemos invariavelmente o que vem a seguir.
16 comentários:
Achei confuso embora tenha compreendido a ideia.
É bem possível que tenhas razão. Sorry...
Ontem não foi um bom dia para mim. Tive um teste de chinês que me deixou os olhos em bico e virada ao contrário...
E havia erros e falhas no textos também (já corrigi). Pode ser que agora seja mais compreensível.
Bjos
Don't worry... :)
Nao posso deixar passar... mas tiveste teste de chinês? Interessante... onde estudas chinês?
Estudo chinês com a profª Wang Suoying (e, ocasionalmente, com o marido dela, o prof. Lu Yanbin Cota) que é a responsável pela maior parte dos portugueses que falam, actualmente, chinês, aprendido em várias universidades e centros de estudos chineses em Portugal.
O meu curso é excepcional, frequentado no âmbito de um organismo de Estado (que não vou revelar), mas os conteúdos são exactamente os mesmos do curso (de 4 anos) habitualmente ministrado pela profª Wang.
:)
Ok. :)
Fiquei na mesma... a prof.ª Wang lecciona onde?
É através da embaixada?
Vou contar-te uma coisa... vivi 4 meses na China. Adorava ter ficado mais tempo! Foi, sem dúvida, das melhores experiências da minha. :)
Que tontice! Desculpa. É que eu esqueço-me que maior parte das pessoas não têm os blogs fechados e então acho que se pode falar à vontade.
Claro... não convém dizer onde estudas, aqui. :)
No worries. :)
A prof. Wang pode ser contactada através da Embaixada ou do Centro Científico e Cultural de Macau - experimenta este link: http://www.cccm.mctes.pt/page.php?conteudo=&tarefa=ver&id=55&item=Sugest%F5es%20de%20leitura
Invejo os teus 4 meses na China, eu, por agora, só tive direito a uma semana em Pequim - ADOREI! Acredito quando dizes que foi 'uma melhores das experiências da tua vida' porque também partilho do fascínio por aquela cultura.
Coincidência gira! :)
Xiexie ni! (o pinyin é terrível! Acho que é assim que se escreve...) Vou dar uma olhada!
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Em Pequim eu estive só de passagem, para descer até Nanjing (a cidade onde estava a viver), portanto não conheço nada da capital, por outro lado, estive em cidade e aldeias fabulosas do centro da China. Lindas, mesmo!
Tb eu, já invejo os meus 4 meses na China. Lol
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Eu sou daquelas "umas" que não acredita mesmo nada em coincidências!
Pois é mesmo essa China que adoraria conhecer...
Pequim é uma cidade gigantesca(as avenidas têm em média 15 kms e a via rápida que atravessa- tipo eixo norte-sul - tem cerca 70 kms de extensão, só para teres ideia). A 'Cidade Proíbida' compensa, é verdadeiramente impressionante!
Espero que tenhas oportunidade de voltar e explorar mais bocadinho... :)
PS - Também não acredito mesmo nada em coincidências!! Acredito que tudo tem uma razão de ser, como dizem os chineses - subscrevo o conceito chinês de 'destino'.
Sim conheço bem essa distância de Pequim. (embora não tenha noção nenhuma de distâncias... tipo: 10km só sei que é diferente de 10.000km, por causa dos zeros, se não era exactamente o mesmo!)
Para teres uma ideia, eu demorei mais de 1h a ir de uma estação central para outro estação central... (é, fica ali tudo no centro! Lol)
P.S.: Sim, há ditados chineses bastante interessantes.
Bom, é assim que se faz uma conversa interessante... ;)
LOL... Eu reparei nas distâncias porque, em Pequim, não é fácil atravessar avenidas (para o outro lado da rua), quase desistimos a meio, se não estivermos dispostos a saltar vedações para encurtar caminho. LOL
PS - 'As conversas são como as cerejas', diz o velho ditado português.
PS - A propósito de Pinyin, percebi o 'Xièxie' (谢谢), mas o 'ni' (你) no final...acho que não se usa ('Obrigado a ti'?!)...
Acabei de ver o lost in translation (é verdade! Guilty! E sim, era uma pessoa muito infeliz antes de o ver! Lol - Exagero, claro!) e agora esta conversa contigo... :) que saudades eu tenho da China! (O lost é no Japão, eu sei!)
Tenho saudades de ir no táxi, conversar com os taxistas e rir há gargalhada com eles por não nos compreendermos...
Compreendo o que dizes sobre atravessar estradas. Autênticas auto-estradas!! Eu tinha uma bicla e adorava andar no meio daqueles chineses todos e carros e motas e tudo ao molho e fé em Deus (l-i-t-e-r-a-l-m-e-n-t-e!)!
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Xiexie ni (eles usam para dizer: Muito obrigada!) Xiexie (quer apenas dizer: obrigada.) ;) :)
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Também tenho uma certa tendência para dizer provérbios nas ideias que quero expressar. LoL
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Tenho um sério problema em usar o "à" e o "há", portanto, se eventualmente vires este erro... finge que não viste! Lol Não há maneira. Há umas que acerto, há outras que não! Lol
Creio que acabei de escrever o meu testamento... :P
Recordar é uma forma de viver e o teu 'testamento' é uma forma de voltar não apenas a esse passado, como também aos lugares que permanecem no mesmo sítio à nossa espera. :)
Um abraço e obrigada pela 'viagem'.
PS - Sou daquelas pessoas que não acha piada nenhuma ao 'Lost in Translation'...
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