sexta-feira, 8 de junho de 2012

Unilateral

Pekka Leppanen, Sea of Ice II, 2011

Noutro espaço e noutro tempo, vou aprendendo coisas que me faltam. E vou crescendo, já não estou no mesmo lugar, nem na vida nem em pensamento. Reescrevo todos os dias a vontade de apreender sem decalcar a opinião dos outros, porque a opinião dos outros não me ensina, quer apenas duplicar-se. E todos os dias olho para dentro e encontro o Amor que ali guardei e cuidei com a incondicionalidade que aprendi. Um dia vou arrepender-me de coisas que não fiz. Do que sinto não me arrependo e não escondo. Se mal me queres por isso, não sei, imagino que sim e assumo o risco. Do tempo em que éramos 'nós' sobra-me esta honestidade e sei que é um desperdício, que me preferes calada. Mas ainda sou quem conheceste, a mesma em tamanho e intensidade.

4 comentários:

C.S. disse...

E porque quando partirmos desta vida nos fica tanto por fazer é angustiante pensar no que nos iremos arrepender do que não ousámos fazer enquanto havia tempo.

Ouse sempre, não enterre o que tão intensamente sabe sentir, Always!

Always disse...

Haverá sempre algo que lamentaremos não feito, C.S.

Quanto ao ousar, há um momento em que percebemos que esticámos tudo o que havia para esticar e que não vale a pena... não há nada do outro lado.

:)

sunshine disse...

E é esse evoluir que não parece ,mas nos vai cultivando a alma e lapidando novos sentires. Permanece a integridade do que é puro. Não nos abandona nunca. Mas ficamos mais ricos.

Bem Hajas Always

Always disse...

Absolutamente verdade, Sunshine! A integridade do que é puro e verdadeiro permanece e isso é algo superior. E nós ficamos mais ricos, de facto, essa integridade da alma dá-nos aconchego e paz de espírito. Evoluímos porque a alma se provou grande e plena no sentir. Isso ninguém nos tira. :)

Um abraço!