Adalberto Tiburzi, Frames 3, 2002Há espaços que são nossos, meus e teus apenas, ainda que, por eles, milhares de pessoas se passeiem antes de depois de nós. Este espaço onde te escrevo é nosso. Inventei-o para ti como a única ponte em que me senti segura a atravessar para te chegar do outro lado, na margem da ausência, numa distância imaginada, feita do tempo que é preciso para nos encontrarmos por dentro, no mais profundo e verdadeiro da alma. Inventei-te e procurei-te meses a fio aqui neste lugar. De tanto te procurar acabaste por me encontrar num acaso que, se calhar ou quase certamente, foi escrito por uma vontade superior cujos desígnios nos escapam, mas que nos ensinam que há uma força maior em nós que não podemos contrariar. E, nesta ponte que construí e que soubeste atravessar vivemos eternamente nas palavras que nos desenham graficamente o Amor. Aqui volto todas as noites e todas as manhãs me encontras. Às vezes parto em viagem, mas nunca em pensamento. Depois de amanhã partes tu, num sopro de tempo para a beira do mar. E até eu seguir ao teu encontro, as palavras multiplicam-se, e depois disso também. E quando tu voltares, este lugar cresceu em saudades nos dias que nos separaram, a provar que a ausência é sempre falta e que o Amor é fogo que incendeia infinitamente.
8 comentários:
E construiste um cantinho muito belo. Soubeste esperar e o acaso as juntou... :)
Espero que estejam juntas brevemente. Em pensamento eu sei que estão!
Lindo como sempre, o que escreves Always. Tenho andado "um pouco" ausênte do "Copo". Não só daqui, nas no geral... Irei ler os teus posts anteriores. Porque merecem, por a forma como nos mostras a grandeza do teu (vosso) amor! :))
Fiquem bem, felicidades (Sempre)!
Bjs para as duas!
Passei por aqui e senti Amor no ar. O copo já não está vazio!
Desculpa a ausência.
Encontro mais um belo texto de amor ardente:)
Beijos
Gosto sempre muito do que escreves. Encontro sempre uma empatia nas palavras que aqui deixas. Ainda bem que este teu cantinho serviu e ajudou no ''acaso'' do vosso amor sentido e as junte brevemente. Sou leitora assídua dos teus posts.
Um abraço
Angell,
Soubeste esperar e o acaso as juntou
Não soube desistir. Esperei. Continuei a Amar. E senti o mesmo do outro lado. Não foi o acaso que nos juntou, foi um amar inadiável, um querer demasiado.
As férias nem sempre coincidem, mas em pensamento não há distâncias insuperáveis, não há distância sequer. As férias já acabaram. :)
Espero que tenhas voltado e esteja tudo bem contigo. :)
Beijos das duas para ti
Maria Papoila,
Obrigada pela tua atenção! :)
Sim, o 'Copo' já não está vazio, transborda de algo maior do que a vida. Dentro do copo há um mar infinito e intemporal de corpo, alma e coração daquilo que dá pelo nome de 'Amor'.
Wind,
E tiveste boas férias? ;)
Beijos
Memory,
Agradeço a tua simpatia! :)
"Ainda bem que este teu cantinho serviu e ajudou no "acaso" do vosso amor sentido e as junte brevemente"
O 'Acaso' é como quem diz... - nada acontece por acaso, acredita.
E agora que as férias descoordenadas já acabaram, o longe é a distância de um beijo.
Um abraço
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