terça-feira, 9 de março de 2010

Parece que é

Cosmo, Dusseldorf Hafen #2, 2009

No fundo, vemos o que queremos, da forma que melhor nos convém. A realidade será outra coisa qualquer, nem concreta nem definida, algo elástico, variável em função de factores inconstantes como a luz, o ponto de observação ou a capacidade cognitiva do sujeito, por exemplo. No fundo, nada do que parece é e de nada do que é realmente temos absoluta certeza. E ainda que acreditássemos na realidade tal como a observamos, erraríamos, porque a verdade é inatingível como a essência do tempo, que só usamos de forma conceptual por uma questão funcional e porque temos absoluta necessidade de medir o universo à escala humana. Porque não sabemos de onde viemos nem para onde vamos. No fundo, a dúvida define-nos como espécie viva. No fundo, a maior parte dos mortais não tem a menor ideia do seu propósito de vida. Respiram apenas um dia atrás do outro. A realidade é o que cada um conseguir perceber de si próprio na sua relação com o mundo. No fundo, o Amor é um estado avançado de percepção do ser.

4 comentários:

YeuxdeFemme disse...

Já me perdi das vezes que divago sobre estes assuntos... ;)
Gostei.
Agradeço tb o facto de me teres apresentado "Sacred Heart" by Cass McCombs. Muito bom!
Fica bem.

Always disse...

YeuxdeFemme,

O album «Catacombs» [2009] é todo ele muito bom. :)

Bjo

flor de monserrat disse...

mas não é, brasa é a bebida que aquece o coração.... beijos

Always disse...

flor de monserrat,

Ora então bom-dia com Mokambo!! :)

Bjos