sexta-feira, 6 de maio de 2011

Pedra sobre pedra

Mike Davis, Stonework, 2009

E agora que tudo mudou e eu já não sou a mesma, os dias são também diferentes - as horas, embora as mesmas em número, parecem acontecer numa outra dimensão onde consigo encaixar todas as partes de mim que encontro desordenadas. Deixo para trás tudo o que não me reconheço, o que sei que não sou, e guardo apenas o que me faz sentido, o que consigo entender e cumprir em mim mesma. Em tudo o que me conheço e sei que sou existo sem conflito, com a tranquilidade de quem tem noção dos defeitos tanto como das virtudes. Não posso ser mais do que este estar assumido de obra imperfeita ao encontro de oportunidades de aperfeiçoamento.

8 comentários:

rv disse...

mt bonito

Always disse...

És uma querida! :)

água disse...

Viva
tenho acompanhado este blog há uns anos, belíssimo devo dizer!
Assim como também lhe desejei dizer, não obstante o mau momento afectivo que detecto, que gostei deste texto e lhe desejo uma boa reconstrução, por isso mesmo.
É complicado, mas não impossível:)

whitesatin disse...

Que grande demonstração de equilibrio. I'm proud of you :)

Always disse...

Água,

Obrigada pelas palavras de apoio e também pela sua presença aqui ao longo dos anos (recordo-me de um comentário seu há uns meses atrás) :)

Se recuar ao início do blog, constatará que ele foi criado num fase emocional particularmente dolorosa, mais tarde reconcilidada. Já lá vão quase 5 anos.

Este blog é a história de vida de um Amor irrepetível. É dor profunda e amor incondicional e tudo o que isso nos faz feliz e nos faz sofrer. Penso que é óbvio para toda a gente que me lê a honestidade, transparência e a intensidade do meu amar. Ironicamente, a pessoa para quem escrevi tudo isto nunca chegou a compreender a verdadeira dimensão desse sentir que aqui traduzo em palavras...

É tempo de reconstrução ou de construção de um outro universo -- e é como diz, é complicado mas não é impossível. :)
Bjos

Always disse...

N.
Obrigada por estares aí. :)

Acima de tudo, tenho noção de mim mesma, não me ficou nenhuma insegurança e sei, que com defeitos e com virtudes, que valho a pena (muita gente que me conhece bem o confirma). O equílibrio vem daí e da tomada de consciência de que não posso obrigar ninguém a gostar de mim - o Amor impõe-se por ele mesmo, se isso não acontecer não é amor.

O melhor conselho que me deram nos últimos meses foi: 'Desconfia de quem desconfia do teu amor.'
Isso resume bem as coisas...
Abraço!

Lábios de Caprichos disse...

Devemos procurar sempre encontrar o que de melhor há em nós, e aprender com cada caminho que optamos. *

Always disse...

Palavras sensatas as tuas, LC! :)