terça-feira, 10 de julho de 2012

A duração da eternidade

Anabark, Castelos (JUL.2012)

Tudo é eterno enquanto dura, diz o poema... as pessoas, as nuvens, os sentimentos... Mas não encontro grande sentido numa tão óbvia condenação ao esquecimento. Acredito que é pelo que nos fica depois do fim que se mede a eternidade do que foi enquanto durou. Às vezes castelos, outras vezes areia. O que é eterno é a mão cheia que nos fica do que o tempo nos roubou. Porque não existe outra eternidade que não aquela que soubermos guardar e amar sem idade. E o que se ama é, em nós, incondicionalmente infinito.

8 comentários:

Anónimo disse...

Concordo plenamente! O tempo não acontece no que vivemos, mas no que isso nos faz a nós. Por isso é que mesmo já não o vivendo, um Amor pode ser eterno... Pois eterno será tudo o que não morre em nós...

Anabela disse...

Estas tuas palavras definem o que és em todos quantos tocaste a alma e o coração: eterna, guardada e para sempre amada. Eu sei!...

Um beijo...

Always disse...

Mia,

É tranquilizante saber que não estamos sós na forma como sentimos a vida. Obrigado pelo feedback, e sim, é eterno o que não morre em nós! :)

Always disse...

Anabela,

Damos o que recebemos, minha querida!... :)))

Um beijo!

Cat. disse...

Concordo com a tua visão. Sempre achei o poema de Vinicius redutor! :-

Bjs

Always disse...

Obrigada, Cat. :-)
Não coloco em causa a beleza do poema de Vinicius, mas a minha visão, e ainda bem que não estou sozinha, tem outro sentir, outra verdade. Não somos todos iguais na forma de sentir o mundo. Definir a eternidade pelo tempo que as coisas palpáveis duram é não apenas redutor como insuportavelmente superficial. A eternidade dura o tempo do inesquecível! :-)

Lena Mello disse...

Infinitamente bela esta forma de ver e guardar o mundo, Always. Admiro a sua inteligência do sentir. :-)

Always disse...

Lena Mello,

Muito obrigada pela atenção. Não sei se mereço o elogio! :)