segunda-feira, 23 de julho de 2012

Em vão

Anabark, Amarras (JUL2012)

Não sei adormecer a alma longe do que sinto nem esconder de mim mesma esse lugar, sem princípio nem fim, que me acordou um dia. São mil noites por dormir em que não falto à verdade de um sentir maior do que permite a força humana. Em vão. Não procuro o que não existe porque não vou encontrar o que me falta. Sobram-me horas vagas para aceitar honestamente esse tudo que não mudou em mim. Sobram-me ideias e certezas que o tempo não apagou. Em vão. Porque tudo é tanto o coração não se cansa. E existe um mar por dentro que são lágrimas que não se acabam. Em vão.

4 comentários:

Lia disse...

Que belo sentir o teu!
Lindo!

Cat. disse...

Admiro a tua tão absoluta honestidade embrulhada em poesia... :)

bjs

Always disse...

Obrigada, Lia, pelo feedback! :)

Always disse...

Cat.

De que nos valem os sentimentos se não os assumirmos com honestidade?
... :)