Jorge Morgado, Red, 2012
Andam nuvens, desencontradas da estação do ano, à deriva num céu de cor quente impossível. Ando eu, por entre as nuvens, à procura de forma e de tempo conveniente. Andam horas a passar num imenso reboliço, sem noite nem dia, só meio dia intermitente. Andam pássaros às voltas, de um lado para outro, num desconcerto sem descanso e flores que crescem no ar a tentar chegar-lhes em poemas. Anda o universo a desfazer-se em música que não chega ao chão e árvores que se esticam para o céu para apanhar uma canção. E ando eu, de nuvem e nuvem, a falar alto de infinito e de amor perpétuo que ninguém acredita que existiu.
4 comentários:
Maravilhoso, always! Poesia pura com muita interioridade... Gostava muito de saber o teu nome... :)
Bjo
Obrigada, Su! :)
O meu nome é... Sempre! ;)
Beijos!
Tinha de ser... e fica-te tão bem! :)
Bjo
...:)
Beijos
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