Corinne Mercadier, Une fois et pas plus
São, em mim, dor todas as palavras que já disse e que foram mal interpretadas, distorcidas ou esvaziadas de sentido. Dói-me tudo o que não quis dizer e que me ouviram de coração esquecido. Dói-me tudo o que não disse um segundo antes do orgulho ferido. Dói-me o quis dizer e que ficou no silêncio perdido. Dói-me a falta de sentido, o desperdício das horas e o caminho destruído. Dói-me o equívoco nunca esclarecido. Dói-me a dor de quem mal me entendeu quando eu própria me deixei de ouvir. Dói-me a falta de amor do erro, o abandono da alma no que gritei e o abraço que não recebi nem dei quando era preciso. Mas não me dói o que, no melhor e no pior de mim, nunca deixei de sentir. Amor.
2 comentários:
Quem escreve com esta profundidade tem certamente uma alma e um coração eloquentes e firmes. Parabéns! É um privilégio ler-te e aprender tão intenso sentir. :)
Isabel,
Obrigada pelas palavras de apreço que me dirige. O coração é firme, sim, e alma nunca teve dúvidas em relação a essa firmeza. :)
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