sexta-feira, 7 de março de 2008

Depois de amanhã de depois

Carolyn Lim, Timeless, 2005

Sem tempo e sem lugar preciso é o Amor que nos empresta a calma e nos faz chegar ao longe que, vezes sem conta, imaginámos. Agora que o longe é daqui a bocado, olho para trás e vejo-nos sempre do mesmo tamanho, maiores do que a vida e à altura da eternidade. Sonhámos sempre longe, quisemos sempre tudo por inteiro e não soubemos desistir desse tudo que valia a pena porque a alma era infinita. E do longe se fez perto, tão perto que estamos quase a chegar. O passado que foi ontem era um sonho de futuro. Hoje está à beira de amanhã e nós somos todas os amanhãs do tempo. Falta pouco e somos já tanto. Somos hoje o que sonhámos ontem e soubemos cumprir aos poucos. Somos hoje um nós para além de todos os dias seguintes, abraçadas a esta vontade de tempo sem fim. Somos o resto da nossa vida e para além disso aquilo que houver. O que somos não se acaba numa vida.

2 comentários:

André Mans disse...

me lembrou a música o q é q eu sou da paula toller, que o erasmo carlos escreveu pra ela em seu último disco solo

Always disse...

Mans,

Benvindo por aqui!

Infelizmente não posso comentar o seu comentário - não conheço a canção nem a Paula Toller, mas fiquei com curiosidade. :)