terça-feira, 4 de março de 2008

Terra à vista

Robin Mitchell, Sem título, 2004

De vento em popa, o nosso barco avança por mares imaginados. O sonho cumpre-se e o futuro é quase agora. Ao leme prende-se a vontade de sempre e agora mais valente do que nunca. De vento em popa, navegamos cada vez mais perto da margem que nos cumpre e onde não tardaremos chegar. Atravessámos o mundo inteiro para chegar a este lado e a terra do sonho existe porque acreditámos. Contra ventos e marés nós navegámos e se longa nos pareceu a espera, adivinha-se a ansiedade da chegada. Não tardamos, meu amor, aproxima-se amanhã e amanhã somos nós embrulhadas pelo sonho que aqui nos fez chegar. De vento em popa, avançamos para a terra que a nossa vista alcança com olhar do coração e a vontade infinita da alma. Daqui a pouco lançamos âncora a duas mãos e desembarcamos para um único chão.

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