Olha como eu me seguro às paredes, usando unhas que não querem largar nem deixar cair. Repara no quanto quero segurar que, por vezes, transformo as mãos em garras e, por vezes também, arranho sem querer magoar. A pedra nada pode, não detém mãos que te querem com a vontade da alma onde tudo cabe, porque não tem tamanho quem, no peito, sente o fogo da vida reacender todas as manhãs de todos os dias. Vê como os meus dedos te procuram em cada esquina e sabem onde te encontrar, porque o amor é uma linha recta que nos orienta e nos faz chegar a lugares que nem sabemos que existem quando começamos a andar. Tudo o que descobrimos só existe porque caminhamos lado a lado. Tudo o que imagino do outro lado do mundo, lá estará à nossa espera, bastará que venhas comigo. Olha como cresci e avanço sem medo, dobrando cada esquina com a fé de que a vida é mais jovem, mais leve, mais luz de primavera, porque te tenho a ti por todo caminho de mão dada.
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