Marcos Calamato
Procurei-te uma cadeira que não encontrei e tive
de fazer de raiz. Passei noites acordada a esculpir palavras para te sentares e
te sentires sem fim. Procurei-te uma cadeira feita de luz e trago debaixo do
braço um filme antigo que conheces bem como me conheces a mim, o mesmo que levo
para toda a parte sempre comigo. A história é única e cabe dentro de um copo que
inventei sem tempo nem tamanho onde guardei o Infinito. Nela encontrei-te mares,
ventos e tempestades e o Tudo em que acredito. Deitei fora o Tempo por me ser
indiferente porque ele não passa no que abrigo de sentimento. E porque descobri
que o Infinito dura o tempo do inesquecível. Deixa-te ficar um bocadinho no que
me resta dessa Eternidade que se tornou indizível.
8 comentários:
Lindo! Um bálsamo para a alma. Gostava muito de conhecer a pessoa que escreve e sente desta forma tão completa... :)
Bravo, Always! Belíssimo... :-)
Não se esqueça que esperamos por um livro (vários, de preferência)! :-)
Mais uma momento de raridade emocional. Parabéns, Always!...
Bjos
Lena Mello,
Obrigada pelo seu comentário de apreço e pelo email! :)
Maria Lacerda,
Obrigada pela atenção e pelas palavras de encorajamento quanto que me dirigiu num dos posts anterior! :)
Alexa,
Mais um vez te agradeço o feedback e a generosidade dos teus comentários.
Beijos!
Tão bonito e ao mesmo tempo triste... :)
Obrigada, Lia! :)
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