terça-feira, 17 de julho de 2012

Cenário

Marcos Calamato

Procurei-te uma cadeira que não encontrei e tive de fazer de raiz. Passei noites acordada a esculpir palavras para te sentares e te sentires sem fim. Procurei-te uma cadeira feita de luz e trago debaixo do braço um filme antigo que conheces bem como me conheces a mim, o mesmo que levo para toda a parte sempre comigo. A história é única e cabe dentro de um copo que inventei sem tempo nem tamanho onde guardei o Infinito. Nela encontrei-te mares, ventos e tempestades e o Tudo em que acredito. Deitei fora o Tempo por me ser indiferente porque ele não passa no que abrigo de sentimento. E porque descobri que o Infinito dura o tempo do inesquecível. Deixa-te ficar um bocadinho no que me resta dessa Eternidade que se tornou indizível.

8 comentários:

Lena Mello disse...

Lindo! Um bálsamo para a alma. Gostava muito de conhecer a pessoa que escreve e sente desta forma tão completa... :)

Maria Lacerda disse...

Bravo, Always! Belíssimo... :-)
Não se esqueça que esperamos por um livro (vários, de preferência)! :-)

Alexa disse...

Mais uma momento de raridade emocional. Parabéns, Always!...

Bjos

Always disse...

Lena Mello,

Obrigada pelo seu comentário de apreço e pelo email! :)

Always disse...

Maria Lacerda,

Obrigada pela atenção e pelas palavras de encorajamento quanto que me dirigiu num dos posts anterior! :)

Always disse...

Alexa,

Mais um vez te agradeço o feedback e a generosidade dos teus comentários.

Beijos!

Lia disse...

Tão bonito e ao mesmo tempo triste... :)

Always disse...

Obrigada, Lia! :)