quinta-feira, 2 de agosto de 2012

Mar-a-mar

Anabark, Cabos (JUL2012)

E tudo o que navegar não será em vão. Na alma levo um oceano e os olhos rasos de água e parto, todos os dias, para alto mar. Já naufraguei na maré vazia e morri na areia mesmo à beira do mar. Tudo o que fui não chegou para me salvar, o que me resta foi-se nas ondas e eu não sei nadar. Construí um barco de vento que empurro com a minha vontade de salvar quem sou no que me conheço como alma. E no coração me navego neste barco à vela e, nesse mar, tudo o que navegar nunca será em vão.

10 comentários:

Su disse...

Muito bom!... E apetece mesmo viajar nas tuas palavras, partir numa viagem interior... :)

Bjs

Cat. disse...

Profundo e belo, Always, como tudo o que escreves! :)

Bjos

JG disse...

Muito bom, Always! :)

Always disse...

Su,

Obrigada pelo feedback! :)

Always disse...

Cat.

Agradeço-te o apreço! :)

Beijos

Always disse...

JG,

Obrigada pela atenção! :)

Ana M. disse...

Citando-te "O que não ficou, não será nunca!"
Navega para além dessa praia deserta. Todo o mar que conquistares é teu. :)

Beijo...

Always disse...

Gostei de me sentir citada, Ana! ;-)
A praia está vazia, o que é bem menos do que estar deserta. Só o mar alimenta à alma porque nele há vida, onda atrás de onda! Na areia da praia nada vive, só ficam pedras e conchas velhas e desabitadas...

Beijo!

Ana M. disse...

Ora aí está, a areia a maré leva!...

Beijo...

Always disse...

...e na praia fica o lixo e os destroços!...

Beijo!