quarta-feira, 19 de setembro de 2012

Coisas a menos

Anabark, Pintura Incompleta (SET12)

Um céu à espera do azul que lhe falta. Um espelho imperfeito, de contornos distorcidos. Um copo de vidro de coração partido. Tempo perdido em verdades relativas. Um azul à espera do céu que lhe falta. Silêncio à solta e palavras cheias que sobram, proibidas, que não podem voltar a ser ditas ao ouvido, ensurdecido, de quem se escolheu como infinito. Toda a alma que o coração segura no que sente e não desmente. Tudo o que se adormece para não viver cansado, permanece. O sentido não se esquece mesmo sentindo só de um lado, apenas aprendeu a estar calado.

4 comentários:

Paula disse...

Intenso e sincero. O que é verdadeiro nunca morre, fica para toda a vida. :-)

Always disse...

É sincero e muito intenso quando é verdadeiro, Paula. Não morre no campo de batalha. Resiste para além das feridas, recompõe-se, vive no absoluto imaterial.

Alexa disse...

Always, subscrevo o teu comentário. Quem não ama assim não sabe o que é o amor. Adorei o texto! :-)
Bjo

Always disse...

Alexa,

Obrigada pela sintonia! :)