sexta-feira, 27 de fevereiro de 2009

A vida no cimo das árvores

Don Nieman, Leaf on frosty Morn, 2008

Restos do Inverno transportados pela brisa amena que anuncia a estação verde enfeitam-me os passos neste chão destroçado pelo mau tempo. Enquanto a semana entardece, caminho para o princípio de tudo, da vida que me encontrei, do presente e do sempre que acredito como futuro. Em todos os jardins crescemos nós e hoje já somos árvores, cada vez mais altas, feitas de ramos seguros. Em cada folha a certeza que nos renasce indiferente às estações do ano. O azul infinito que nos abraça o despertar é a única luz que precisamos para perceber o infinito. À noite celebramos a força dos braços que constroem, no corpo e na alma, a casa que incansavelmente acrescentamos na arquitectura do Amor.

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