David R. Yee, Teddy On Bryant Lake
O que é nosso e deixamos de ter, nunca se perde realmente, porque a nós retorna naturalmente. O que nos pertence por lei do universo mais forte do que a própria vida, perdendo-se, voltamos a encontrar. O Amor só existe quando é nosso. O que é meu realmente nunca de mim parte e, se partir e não voltar não tem de ser, não é meu porque não é nosso. Tudo o que não tenho porque perdi completamente nunca foi meu e, não sendo meu por inteiro, não me vai voltar. Só quero aquilo que me procura livremente e me encontra no que me reconhece seu também. O que não me escolhe por força de um querer livre e absoluto nunca será meu. Dispenso tudo o que passa por mim sem vontade de ficar.
10 comentários:
um texto decidido, triste mas corajoso; hugs
"O que nos pertence por lei do Universo mais forte do que a própria vida,perdendo-se, voltamos a encontrar."
É tudo em que acredito, porque também eu perdi, mas também eu acredito que era tão forte, tão cosmicamente inevitável e certo, tão puro, que mesmo não sendo meu, esse Amor é meu, é nosso, porque não consegue não ser Amor. E porque assim é, inevitavelmente nos voltaremos a encontrar...
Obrigada pela profundidade dos textos.
Até mesmo o que passa por nós, traz uma mensagem, uma lição, um ensinamento que vale a pena reter e sentir. Nao o dispenses.
Quanto ao que pensamos ser Nosso e que mais tarde parte sem regresso, é mesmo isso, um Momento, que apesar de nao nos pertencer, aconteceu por algum motivo. *
R. aka 'efeito placebo'
As tomadas de consciência são momentos que envolvem sempre alguma tristeza...
Um abraço de volta!
Mia,
Se for mais forte do que as leis do universo, o reencontro é inevitável. Faz parte do projecto e do sentido de existência de dois seres que se querem infinitamente e apesar de tudo. Sem isso nunca existirão completamente...
:)
LC,
Devemos tirar lições de vida de tudo o que passa por nós e nos faz acontecer. Devemos aprender sempre em vez de nos fecharmos a explicações. Claro que sim! :)
Tudo acontece por algum motivo, tudo tem uma causa, nada acontece por acaso. Também isso importa analisar e compreender que mais não seja para tomar consciência das nossas próprias limitações e da nossa própria responsabilidade no universo.
Beijos
E o que é realmente nosso? Eu pertenço-me e nada mais...tudo o resto são lições de vida e momentos. A minha única responsabilidade é viver os momentos e aprender as lições que a vida me der, porque no fim desta estadia é só isso que vou levar: as memórias do que vivi e aprendi... Por isso, amiga, estou a aprender a apreciar os momentos e a tomar consciência das lições. Quanto ao resto, tenho perfeita noção que nada, nem ninguém me pertençe, nem eu pertenço ou tenho nada, consequêntemente, nada se perde.
Um abraço
Onde é que eu assino por baixo? Aqui? Pois então...
Muito interessante. :)
Nat,
Não escrevi no sentido de as pessoas serem propriedades de outras. Escrevi sim dando conta que a relação que eu estabeleço com outra pessoa é algo que me pertence na exacta medida de que eu sou responsável pela sua construção e evolução no sentido do um 'nosso'. Se tal não se verifica e tudo é frágil e cai ao primeiro sopro de vento é porque o 'nosso' não se construiu - existiu um 'tu' e um 'eu', um 'meu' e um 'teu 'que nunca se encontraram num território comum. O que nos pertence numa relação é o que é 'nosso', os momentos que se vivem nessa plenitude (ou seja, '1+1=3). Se esse 'nosso' tiver de ser 'meu', acredito que o universo se encarregará de o fazer entender e acontecer.
O resto é 'faz de conta' pelo desequilíbrio implícito de uma relação baseada na equação '1+1=2'.
YeuxdeFemme!
Voltaste!! Que bom!!... Já tinha saudades tuas... :)
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