Kanya Hanklang, World of Ice 1
Posso, enfim, perceber, na translucidez do gelo, o tempo perdido que o Inverno nos obriga a agasalhar. Posso, enfim, distinguir o vento frio que, de forma insidiosa, nesse tempo, me acomodou em casa. Posso, então, compreender por inteiro o calor de um abraço e o aconchego de um beijo quando, por dentro, um deserto a perder de vista cresce em tempestades de areia. Posso, agora, compreender tudo e a importância de encontrar o tempo na consciência que tenho da sua finitude.
6 comentários:
Como disseste ali embaixo, as tomadas de consciência envolvem sempre alguma tristeza...faz parte, acho eu...mas também é libertador, acho eu...
Estas ambiguidades matam-me! :/
Um abraço
olá,
O poema é intenso e pode ter milhões de significados é a inconstancia de nossos questionamentos que nos fazem interpretar de maneiras diferentes tudo o que se pode e o que não pode com o tempo...
Passando pra te desejar um ótimo fim de semana!
bjuuss
Nat,
Sim, de facto, quando atingimos a clarividência suficiente em relação às é, com certeza, um momento libertador.
Abraço!
Júlia,
Obrigada pela visita e pelo feedback. :)
É verdade que as nossas interrogações vão mudando ao longo da vida, como também se alteram as nossas prioridades - talvez porque a nossa maneira de olhar e interpretar o mundo também muda.
E nós mudamos no tempo pela soma do que vamos vivendo e acrescentando ao que somos... Nada permanece imutável e as nossas dúvidas interiores acompanham esse movimento de vida.
Abraço.
Seus textos são belíssimos...Obrigada por essas leituras tão da alma...
Sil,
Obrgada eu pela atenção e pelo apreço! :)
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