quinta-feira, 8 de novembro de 2007

Entre agora e daqui a pouco

Anabark, Nós (MAI07)

Nós, que coleccionamos saudades e adoecemos nelas, aprendemos que é impossível sobreviver nos intervalos de tempo em que não somos completamente. Às vezes são apenas minutos, outras vezes horas, pouco importa porque as saudades não se medem pela medida do tempo. As saudades são a expressão do Amor e o Amor não contempla intervalos. Tenho saudades tuas ainda antes de te beijar e dizer-te 'Até logo', as saudades são constantes antes, durante e depois disso, porque moras na minha cabeça e não te sei deixar um segundo que seja. És o meu primeiro e último pensamento do dia e os meus dias inteiros são feitos de ti numa contagem decrescente para nos voltarmos. E porque te sei na mesma ansiedade para abreviar o tempo no mundo que não é nosso, abraço-te vezes sem conta nos minutos contados que passam sem nós. A intensidade com que nos esperamos e feita de saudade e da impaciência do amor que nos faz sentir a vida como algo absoluto e eterno. Aprendi contigo o Amor e hoje tenho a certeza de que quem ama tão completamente vive para sempre.

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