quarta-feira, 5 de dezembro de 2007

Clareza de ser

Cliff Wright, Partial Melt, 2005

Se tudo fosse tão cristalino quanto a certeza que nos abraça todos os dias desde o príncipio de nós, o mundo inteiro seria uma imensa gota de água mais pura do que a sede urgente que deseja saciar-se. Quando olho para ti reparo na forma translúcida em que te deixas acontecer em mim e, acontecendo assim, me tornas tão transparente no que existo, em que tudo começa e acaba em ti. E este Princípio de certeza, em que tu e eu somos termos de uma equação de resultado infinito, traduz a forma absoluta em que nos descobrimos em Amor. Se tudo fosse tão lúcido quanto a certeza que escolhe o Amor... Porque escolher o Amor é escolher a Vida - escolher-te a ti é escolher a eternidade.

2 comentários:

whitesatin disse...

"Se tudo fosse tão cristalino..." - Gostei do paralelismo.
E admiro a tua lucidez no meio do nevoeiro.
Aliás, sempre admirei a tua lucidez no meio da escuridão ;)

E isto tudo para dizer que os teus escritos continuam belíssimos :)

Bjs

Always disse...

Querida amiga,

Foi a TUA lucidez que, muitas vezes, vi brilhar na escuridão.

Obrigada pelo que me lês e pela luz que deixas sempre espreitar.

Abraço