Houvesse neve e o Natal seria quase perfeito se a perfeição existisse. Mas enquanto a neve não cai e o nosso natal não chega, aconchego-te os dias que faltam num abraço sem princípio nem fim, para além do tempo, do espaço e da imaginação. Seguro-te as mãos nas minhas para que não as sintas frias nas horas que passam vazias da voz e do olhar. Embrulho-te de beijos que só tu me conheces, porque os meus beijos só são beijos quando tocam os teus lábios. E enquanto o tempo passa lentamente para chegar ao 'quase', distraio a nossa impaciência com histórias feitas de nós. Temos tanto para contar, coisas que foram e outras que hão-de ser. E nesta espera tão poética quanto a neve silenciosa que veste a paisagem de branco, adormecemos uma na outra a sentir o tudo e o sempre que o Amor nos ensinou e que aprendemos ao mesmo tempo. Não sei amar-te menos do que este total estado de urgência, não sei descansar a alma de ti, não sei adormecer sem te procurar em sonhos nem acordar sem dizer o teu nome antes mesmo de me lembrar de mim. E quando penso em neve penso em ti. Serás sempre essa poesia do Inverno em que te conheci, gravada a fogo debaixo da minha pele.
4 comentários:
«(...) não sei adormecer sem te procurar em sonhos nem acordar sem dizer o teu nome antes mesmo de me lembrar de mim.»
E eu não sei onde vais buscar essa perfeição de alinhamento de palavras e descrever o que se tem cá dentro mas só sai quando lemos algo que fala por nós. :)
Ah, mas a perfeição existe, sim. E o sentimento que transborda deste copo anda lá muito perto.
Belíssimo texto, amiga :)
Um abraço
Mia,
Obrigada pela tua apreciação. Quem me dera ser perfeita realmente a escrever o que tão perfeito e único sinto dentro. Apenas tento, umas vezes fico perto, outras vezes nem me aproximo. :)
Nat,
Obrigada, amiga! :)
É perfeita a capacidade de sentir e de entender o que se sentimos. O Amor verdadeiro é um milagre.
Um abraço
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