sexta-feira, 14 de dezembro de 2007

Somos sempre

Yiannis Logiotatidis, 2006

Entre o aqui e o agora beijo-te tantas vezes que lhes perco a conta de propósito para voltar a começar do princípio, porque enquanto te beijo perco o céu e a terra e o mundo que nos espreita e, ao mesmo tempo, nos cobiça. Só existes tu, sempre foste tu mesmo antes de nos encontrarmos. No Amor em que te adormeço e amanheço no dia seguinte encontrarás a mesma promessa dia após dia - sempre. Não prometo o que não sei cumprir, só aquilo que sei que sou capaz. E contigo sei-me para sempre, sei que irei cumprir aquilo que te prometo, que te digo ao ouvido e que a toda a hora te escrevo. Porque já morri quando perdi o sempre de vista e só sobrevivi porque o coração nunca deixou de acreditar. Neste sempre que nos prometo crescemos cada vez mais no passar dos dias. A certeza de que não temos fim abraça-nos com a mesma voracidade de um fogo incontrolável numa floresta infinita.

2 comentários:

Maria Papoila disse...

Acreditar é sobreviver, sem dúvida.

Always disse...

E se sobrevivemos porque acreditamos, então a esparança será sempre a última a morrer...