quarta-feira, 18 de fevereiro de 2009

A propósito de casamento

Karen van Nijkerk, Proposal

Não é nada pessoal.
Não é que eu viva com ansiedade a ideia do casamento nem a urgência de casar. Não é para fazer eco da voz do movimento. Não é que eu tenha pensado muito sequer sobre isso. Não é que eu ache sequer que isso mude alguma coisa na vida de duas pessoas que se amam e se partilham. Mas não será anti-democrático discriminar cidadãos com base em critérios da vida íntima de cada um? Não é uma violação dos Direitos Fundamentais dos cidadãos desconsiderar alguns nos princípios básicos de dignidade, liberdade e igualdade? Não é um direito que me assiste eu escolher com quem quero casar? Não é lógico a pessoa que amo ser a única autorizada a dizer SIM ou Não à minha vontade? Não é que eu queira casar - não é uma questão pessoal, é universal. Mas não é absurdo não ter legalmente o direito de escolha?

8 comentários:

Helena disse...

reply to your comment on mine blog :)

Unknown disse...

Algo de chato se passa quando, encontrado algo que desde sempre atentou à liberdade de escolha das pessoas, ainda toda a gente se pergunta: Esta questão deverá ser referendada?
A cada vez que um referendo ganha vida, a legitimidade do governo cai ao chão, demonstrando a sua perfeita incapacidade de decidir contra qualquer tipo de discriminação entre os seus cidadãos.
A questão ainda está longe de ser resolvida. Será que um estado de direito deve perguntar aos seus cidadãos se querem permitir que os amigos e vizinhos continuem a ser discriminados ou não?
Chamam a isso estado de direito?

Porque insiste o Eng. Sokas a querer dizer quem vai para a cama com quem?
Será que ele ainda não sabe quem se deita ao seu lado, ou será que ainda não consegue decidir sozinho?

Anónimo disse...

Para mim, tambem a questão é a de poder optar, de poder ou não casar dependendo da minha vontade e obviamente, oportunidade.

whitesatin disse...

Autêntica conversa de malucos.
Oh my God, eu vivo num manicómio!

Always disse...

Helena,

Thanks, dahling! :)

Always disse...

White,

Subscrevo inteiramente o teu ponto de vista. Parece-me totalmente absurdo perguntarem aos meus concidadãos se me autorizam a viver a minha vida com a mesma dignidade e liberdade que lhes assiste como direito fundamental inalienável. Referendar direitos básicos contemplados na Constituição é uma inconstitucionalidade, o que é grave num, supostamente, Estado de direito democrático. Não entendo as sondagens à população nem reconheço a legfitimidade do debate. O que entendo é o preto no branco do Artigo 13º da PARTE I (Direitos e deveres fundamentais - TÍTULO I:
Princípios gerais) da Consttuição Portuguesa:

'Artigo 13.º
(Princípio da igualdade)


1. Todos os cidadãos têm a mesma dignidade social e são iguais perante a lei.

2. Ninguém pode ser privilegiado, beneficiado, prejudicado, privado de qualquer direito ou isento de qualquer dever em razão de ascendência, sexo, raça, língua, território de origem, religião, convicções políticas ou ideológicas, instrução, situação económica, condição social ou orientação sexual'.

Não será isto suficientemente claro?

Um abraço

Always disse...

Ferónica,

Reafirmo: a questão é a liberdade de optar! :)

Always disse...

Whitesatin,

Com tanto ruído é impossível não enlouquecer.

Um abraço