Peter Sussex, Thonet, 2010
A passo desencontrado, anda-se por aí, nem para frente nem para trás, em terreno inclinado. De vez em quando, paramos para descansar, mas partimos, de novo, cansados. Porque os passos desencontrados maçam pelo que não sabem andar, andamos porque andamos, sem grande vontade de caminhar. Entre onde estou e onde quero estar existe um largo oceano por navegar. Não sei caminhar sobre as águas e, em terra, o chão foge-me dos pés. Quem me dera ter asas e voar no vento da minha vontade, até ao longe onde fiquei à espera de me voltar! Aqui, o que resta de mim segue desencontrado do Amor que havia, dantes, por todo o lado.
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