terça-feira, 11 de setembro de 2007

Certeza

Anabark, Eu Sei (MAI05)

O que eu sei é que sei muito pouco ou quase nada. Ou talvez pense que sei alguma coisa e não sei coisa nenhuma. Talvez este nada de que nem tenho certeza seja ainda menos do que isso. Entre o que penso e o que sei são duas vidas de distância. Umas vezes penso sem saber, outras vezes sei o que penso. E não são raras as vezes em que quase tenho a certeza do nada que sei e tento não pensar nisso. Mas sei o que sinto, conheço bem o que me vai dentro do coração. Não penso que sei o que sinto, tenho a certeza. Sinto-te a ti sem dúvida nem sombra e muito mais do que concretamente. Sinto-te como a única verdade em mim. Sei que és vida e tudo o resto são pormenores sem a mínima importância. Sei o tudo em que te acredito por inteiro. Sei o tanto que te quero por mil vidas. Do sempre em que te sinto tenho absoluta certeza. E mesmo que não saiba dizer-te este infinito amar em que te embrulho todos os dias, sei a intensidade em que o sinto e a verdade em que o confesso: indómita no meu querer-te para além de tudo e sempre, insubmissa na minha vontade de amar-te tudo infinitamente.

2 comentários:

wind disse...

Excelente prosa, não interessam por vezes palavras, mas sim os actos e o gato é belo!:)
beijos

Always disse...

Obrigada, Wind.
Concordo contigo, os actos falam mais alto do que as palavras.
A gata é linda - é minha - e muito malandra... sai à dona! ;-)

Beijos