Jeff Waldorff, Partial Lunar Eclipse (20FEV2008)
Ainda que passem anos que podiam ser milénios, a memória do eclipse que só tu e eu conhecemos não desiste. No centro do universo o eclipse acontece noite e dia, mesmo nos dias cinzentos em que as nuvens deixam ver um pouco menos do céu que somos incondicionalmente. E quando a terra esconde o sol da lua, o calor vem de dentro e sente-se o infinito como rumo. Encontro-nos no centro do universo, sempre mais absolutas do que a física que nos explica o princípio da vida. Sabemos onde estamos mesmo que o mundo fique às escuras, estás em mim e eu em ti e, ainda que nos falte o chão durante a falta de luz, sinto-nos o equilíbrio de quem caminha uma ideia concreta de Amor. Hoje sabemos um pouco mais do 'nós'. O que aprendemos e cumprimos com dedicação é que o eclipse é infinito quando os astros se alinham em pleno na rota definida pelo Amor.