E por entre o que caminhamos, em cima e debaixo do chão, a vida impõe-se na sua espontaneidade florida, indiferente ao nosso humor, cheia de sentido. Quase milagrosamente passamos de um estado ao outro, de baixo para cima, na contemplação dessa força maior e inexplicável. Porque a vida é vontade e a vontade leva-nos onde quisermos se quisermos, de facto, lá chegar. Porque a vida é acreditar numa ideia e cultivá-la resistente, amadurecê-la e crescer com ela e por aquilo que nos é essencial. Ideias simples e identificantes de centralidade e pertinência, como o Amor. Esgota-se-nos a vida no dia em que perdermos a ideia de centro e divagarmos na secundaridade de linhas concêntricas. Como eu, já pensaste nisso certamente, por isso caminhamos de mão dada o permanente milagre da vida de um amor correspondido.
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