quinta-feira, 30 de setembro de 2010

Indisponibilidade

Rob Oele, Mysterious green device with rusty head, 2004

Caminho apoiada numa certeza que dá pelo teu nome. Se somos aquilo que sentimos, aquilo que sinto é absoluto e concreto, mesmo quando o chão é feito de areia e os pés me fogem, desarticulados. O meu caminho és tu em todas as direcções, mesmo naquelas em que me imaginas secreta, omissa ou apenas silenciosa. O que sinto e que te escrevo é o meu caminho definido pelos contornos que o Amor lhe desenha todos os dias, desde o dia que nascemos lado a lado. Pudesse eu ser mais concreta e definida para que me sentisses por inteiro neste desígnio que assumo tão completamente... Perdoa-me pela falta de palavras que me expliquem mais consistentemente. Perdoa o que falho em dizer, mas acredita na grandeza do que sinto sem limites de espaço e tempo, porque eu sou onde estiveres comigo, em qualquer parte ou mesmo num não-lugar.

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