sexta-feira, 22 de outubro de 2010

Levemente

Nealy Bob, Butterfly August 2*, 2007

Levemente, com a imponderável leveza daquilo que não se acaba te sonhei a vida inteira. Levemente, como quem chamou por mim, vieste ao meu encontro cheia de cor na alma, num dia cinzento diferente de todos os outros dias cinzentos de todos os invernos. Levemente vieste e ficaste em mim com a mesma cor do primeiro momento. Levemente cresci uma vida e um coração maior do que o peito para te abrigar. Levemente como uma flor que se balança ao vento me tornei prisioneira de um sentimento combinado de intensidade e infinito. Levemente me encostei a ti como a natureza se encosta à chuva e ao sol que a fazem florir. Levemente como um sopro de luz, um céu aberto de certeza, um querer constante e sem idade. Assim, levemente, como uma carícia que só as tuas mãos sabem na minha pele, eu existo e a ti me dou em Amor pleno, por inteiro, porque o Amor é essa leveza de sentir-te permanentemente em tudo o que sou e me descubro.

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