Peter Sussex, Patterns Of Winter #13, 2010
Na imensidão de uma página em branco, procuro ângulos e não sei por onde começar. Vêm-me à memória palavras que deixei de usar por falta de pontuação que lhe reforce o significado. Podia reinventar histórias e percorre-las de fio a pavio, ou imaginar paisagens a perder de vista à espera de história, de impressões de vida. Numa página em branco todas as palavras são possíveis, mas nem sempre são fiéis às ideias e, não o sendo, perde-se algo e falha-se o sentido. Em vez disso, sonho a página em branco como neve imaculada, virgem, à espera de passos que caminhem e nela deixem testemunho como um princípio de história silenciosa e desapressada. Talvez encontre no sonho uma liberdade diferente para combinar as palavras que perdi pelo caminho. Porque a neve que cai repetidamente apaga vestígios e reinventa a paisagem como as palavras dão vida a uma página em branco.
2 comentários:
há muito que aqui nao vinha! Lê.la é...
nem sei!
Sei apenas que gosto, e muito, muito.
à pessoa que escreve desejo ...
tudo de bom
beijo enorme
Água,
Seja bem regressada ao 'Copo Vazio' e obrigada pelas gotas de água que nele deixa ficar. É sempre bem vinda! :)
Beijos grandes!
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