Rob Oele, See Buoys 6, 2010
Perdemos todos os dias um bocadinho de vida que não nos volta e nos faz falta. Perdemos todos os dias um bocadinho de nós que não terá segunda oportunidade. Perdemos todos os dias tempo que não nos sobra para ser e acontecer por inteiro. Perdemo-nos todos os dias na falsa ideia de que o fim não será amanhã quando o presente é tudo o que temos garantido. Perdemos a memória e, aos bocadinhos, a vontade também. Perdemo-nos como hipótese de ser quando queremos ganhar, sofregamente, tudo de uma vez. Perdemos coisas e pessoas por falta de cuidado e perdemo-nos de nós mesmos quando trocamos alma pela razão. Perdemo-nos se não reclamarmos o Amor como princípio, meio e fim da nossa essência. Ninguém nos encontra se não soubermos dar o coração que esperamos receber dos outros.
4 comentários:
Para variar nada mais tenho a acrescentar ao teu post. :)
É tão mas tão verdade que até dói! :)
Perder, por vezes, é uma necessidade...para criar o impulso de procurar o que realmente nos pertence.
O essencial é não nos perdermos pelo caminho...
Mantém a bússola à mão, my friend! :)
Um abraço.
YeuxdeFemme,
Obrigada pelo teu testemunho e pela visão partilhada.
FELIZ NATAL! :)
Querida Nat,
Perder não é uma necessidade, é uma contingência. O que fazemos da perda e como vivemos para além dela responde, sim, á necessidade de autopreservação e, nos casos mais evoluídos, e á demanda 'do que realmente nos pertence', como bem dizes. A maior parte das vezes, as pessoas perdem-se pelo caminho...infelizmente!
De bússola fechada numa mão, um abraço...
FELIZ NATAL!
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