Tomasz Dziubinski, TheBlackArt - Warsaw Poland, 2010
Caminha-se, segue-se em frente, anda-se por aí. Não se pode ir ao encontro de nada. Encontra-se o que existe, o nada é coisa nenhuma. Caminha-se para além do nada à espera do momento em que a alma nos acorda e os pés aquecem em cada passo depois de percorrem tanto inverno como vida. Não se pode ir ao encontro de nada. Caminha-se ao encontro da vida, do que sentimos como fé no fim do caminho. Encontra-se o que sentimos dentro como força maior se soubermos o que procuramos. Derivamos se tudo o que acontece em nós é fogo fátuo que se consome em si mesmo sem deixar cinzas, porque nada nos encontrará no nada que somos dentro. Podemos passear no nada, viver no nada a pensar que é tudo o que existe. Mas no nada nada corre, nada é, apenas o tempo passa porque é tudo o que existe se é verdade que o tempo é real.
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