Anabark, Undercover (FEV2012)
Desencontro o passo e avanço sem olhar o chão. Ergo os olhos em busca da paisagem que perdi de vista numa sala fechada pintada de noite e de silêncio. Encontro a cor dos olhos nos móveis em meu redor. Nas paredes escrevo letras de canções que conheço de cor e nelas penduro o tempo que dispo e visto conforme os dias. Às vezes danço nas horas vagas, outras vezes tropeço nelas desinspirada. Procuro por toda a casa o lugar secreto onde guardei a música e encontro histórias que nunca ouvi nem li mas que conheço bem. Escrevo nas paredes que restam sem canções o que alma não sabe cantar e, por falta de voz eloquente, tiro fotografias a palavras em movimento que, de vez quando, deixo sair pela janela para respirarem por mim.
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