sexta-feira, 5 de julho de 2013

Do céu para debaixo do chão

Robert Vizzini

Foi num filme antigo, em technicolor, que elas se desencontraram, a olhar para cima, não para o céu mas para o topo do arranha-céus. Muito tempo passou, o filme envelheceu e elas perderam-se para sempre na esquina oposta da mesma cidade. Sobreviveu-lhes o arranha-céus e nem a saudade que as encontrou é livre de ser vivida, porque agora são enredo de cinema negro: os polícias são ladrões e não há heróis numa história de passado contada em voz passiva.

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