quarta-feira, 31 de julho de 2013

Dia a dia

Wolfgang Tillmans

Desapareceu nas palavras que nunca ouviu. Desapareceu no tudo que calou. Desencontrou-se do que não deixou à espera e perdeu-se do que encontrou. Não partiu, não voltou. Desapareceu num tempo que não aproveitou. E os dias passam como têm de passar, feitos de passado e de presente, e desaparecem também. Tudo é tão frágil como a própria vida. E só a intensidade do sentir é força para segurar por inteiro, em vida e para além da morte.

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