Bertil Hansson. Red, 2010
Braços que carregam, que seguram sem cansar. Braços que não deixam cair e que apanham do chão se chegar a cair. Braços que não se viram de costas quando o frio lhes chega. Braços que, em dias do avesso, surpreendem e estremecem o corpo de quem amam. Braços que esticam até à alma para dissolver tempestades. Braços que abraçam simplesmente e secam lágrimas. Braços que esperam outros braços esticados e que, unidos, alcançam o inalcancável. Braços com a força de montanhas por quererem demasiado. Braços que são a força na fraqueza da ausência de palavras. E nesses braços, os abraços são tudo na alma em abandono, porque dizem pele na pele e debaixo dela 'estou aqui porque quero estar, porque tu és em mim todos os lugares no mundo'. Abraços que são Amor quando faltam as palavras.
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