sexta-feira, 9 de agosto de 2013

Hoje sei

Andrey Belkov

Não fomos por acaso e não somos por acaso no que, hoje, nos sentimos ainda na pele e para além dela. Somos mais do que uma história que sobrevive ao tempo e ao teu desencantamento. E se eu, hoje, moro no teu livro de desventuras, tu moras na minha alma e nela te seguro nos dias, nos anos, nas vidas que me sobrarem. ‘Sempre’ é mais do que uma intenção, é a minha forma de estar contigo, porque gosto infinitamente do que és em mim sem tempo e a vida é o que abraçamos incondicionalmente com a alma e o contrário disso é a morte. Hoje sei que não há porto que me abrigue o desassossego infinito em que te revisito e viajo. Desassossegam-me coisas simples como o brilho dos teus olhos escuros quando amas apaixonadamente. Porque há uma luz que só eu conheço em ti e tu em mim, antes e depois de nós. Hoje sei que, em mim, nenhuma tempestade é mais forte do que o Amor. Só a tua falta de fé me condena ao passado.

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