Ainda que estivesses no fim do mundo e eu não soubesse o caminho, iria ter contigo. Por longe que fosse esse lugar perdido na distância, não seria suficiente para me impedir de te encontrar. A certeza do teu beijo no fim da estrada encurtaria o longe, se longe houvesse entre nós. Mas tu não estás no fim do mundo e só distamos intervalos de tempo que é relativo e nós somos absolutas. E mesmos nos intervalos nada nos separa a não ser o tempo de chegar a ti que começa a contar um pouco antes de 'Até já, meu amor'. Ainda que estivesses no fim do mundo, eu chegaria sempre a horas de contares comigo. Somos Uma com princípio e o infinito como sonho. No meio fica a vida que celebro em cada segundo ao teu lado, aqui ou em qualquer lugar do mundo.
quarta-feira, 30 de janeiro de 2008
terça-feira, 29 de janeiro de 2008
Eternamente Amor
Maior do que o Tempo que é infinito, maior do que a vida que gostaríamos eterna, é o Amor que eu conheço e vivo. Procuro-te incessantemente em cada recanto meu porque não sei estar mais de três segundos sem ti e nunca estou realmente porque te somo nas partes do meu todo. Encontro-te sempre por inteiro no que procurei apenas sonhando que existia. Antes de ti, o Amor era uma palavra vaga, pouco mais do que um conceito, uma ideia indefinida. Mas tu existes para além da palavra que nos segura uma definição precisa. E serás sempre Amor porque és única, tão rara que te colecciono em cada pormenor e todos os dias me apaixono por ti. Todos os dias te sinto mais em mim, todos os dias te sinto a minha vida. Todos os dias nos desejo a vida eterna neste infinito que somos - sem tempo nem distância, sem reservas nem limites.
segunda-feira, 28 de janeiro de 2008
Rugosidades
Por vezes, o Tempo não perdoa e lembra-me que a corrida é rápida e que é preciso evitar o desperdício do que tenho e não voltarei a ter nesta vida. Às vezes esqueço-me das coisas únicas, das coisas que não se repetem, e esqueço-me que não vivo para sempre e que, tendo eu fim, não terei tempo para tudo o que sou, desejo e planeio. Hoje acordei uma parede velha, de cor estalada pelo abuso dos dias que não são nossos e que nos levam muitas horas emprestadas. A parede enferrujada, descascada e suja que me instalei durante o dia foi piscadela de olho do Tempo que eu devia entender como 'Não percas tempo, vive!', mas teimo em ter pena de mim. E derivo pelas horas que não tenho senão para sermos nós, desperdiçando momentos únicos e irrepetíveis. O Tempo tem razão, sei que nenhum segundo se repete e a corrida é curta. E enquanto não me acabo, tenho de viver tudo o que sinto dentro e este tudo que não tem fim és TU. E não posso deixar-me ser essa parede desgastada que nos rouba o tempo que não temos. Quero-nos sempre nas cores dos dias do Paraíso, porque não nos reconheço de outra forma senão nesse infinito colorido de alma - juntas pouco nos falta para a perfeição e esse pouco que não temos dá-nos a graça e perpétua o desafio: eu mais ou tu mais?... Temos a vida inteira para descobrir.
sexta-feira, 25 de janeiro de 2008
Dias longos
Os meus dias tornaram-se maiores ainda que as horas sejam exactamente as mesmas. Os meus dias a partir de amanhã são longos, tão compridos que só acabam às horas que tu começas e ficamos em nós. No final do dia, quero chegar-te com a maior pressa e vou correr quase sem tocar o chão e, por cedo que chegue, demorarei tempo demais. Porque a urgência que tenho de ti é permanente e as saudades tuas nos meus dias longos maiores ainda. As horas sem ti não passam, arrasto-as de um lado para o outro e invento-lhes uma utilidade e espero. Maior do que a saudade, só este amor que nos corre por debaixo da pele como condição de vida. O amor que nos reconheço e que acontece em cada dia mais forte e mais intenso, segura-nos a espera nos dias em que tardamos a chegar. Não há longe nem distância, em pensamento o tempo que nos separa é o intervalo respirado entre dois beijos. Ainda que os sinta infinitos, sei que os dias grandes têm fim e quando acabam começamos nós. E nós somos, definitivamente, maiores do que o Tempo, maiores do que a Vida.
quarta-feira, 23 de janeiro de 2008
Amanhã aconteceu...
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Deixa-me hoje falar-te de amanhã, porque enquanto essas horas não chegam sonho o futuro que começou em meia volta de vida. Deixa-me relembrar ontem para que amanhã chegue com tudo o que sonhámos entretanto. Deixa-me olhar para trás e ver-nos no tempo que vamos construindo sempre mais forte e mais seguro e sentir que o tempo contigo é infinito. Deixa-me prometer-te que viverei eternamente para nunca te faltar porque faltar-te seria faltar-me a mim e faltar à vida. Deixa-me dizer-te que sem ti não ando devagarinho, sem ti morro lentamente. Deixa-me encontrar uma forma original de te escrever amor e de te viver para além de tudo e mais que fosse ainda. Deixa-me adiantar as horas e correr pela noite dentro para chegar ao dia um pouco antes de ti - tenho pressa de acordar-te um beijo que não sei chegar ao fim.
terça-feira, 22 de janeiro de 2008
Quando os santos cairam do altar
Quando os dias parecem correr fora de ordem, perdidos numa espiral de contrariedades, vêm-me à memória lembranças de um tempo em que pouco era tudo e o suficiente para me salvar a alma. Relembro a tua meia volta no dia de hoje há um ano atrás e a volta que a minha vida deu desde esse dia. E penso nas voltas que o mundo deu depois disso. Queria mesmo dar-te a volta e que segurasses o que a alma nos meus olhos te dizia. Queria que voltasses mais do que tudo na vida. E o pouco que segurei entre as mãos foi o primeiro passo do regresso ao sempre do qual nunca desistimos. Recordo esse pouco, feito de números novos e olhos de uma transparência incontornável. Recordo o sopro de vida que me voltou nessa tua meia volta inesperada. O santo que cai do altar nesse dia caiu a meus pés sem se partir. Não te dei a volta, voltei-me a mim contigo.
segunda-feira, 21 de janeiro de 2008
Durante o intervalo
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Durmo em pé porque tenho medo de desperdiçar tempo demais atormentada por sonhos que voltam sem aviso nem razão. Sei que o Amor é uma montanha que ninguém muda de lugar e nós somos essa força que nos segura ao chão. Sei que o tempo não nos esgota nem os lábios se cansam de beijos. Sei que somos tudo e que sempre fomos, mesmo quando não tínhamos quase nada. Sei ler-te nos olhos e sei o que não dizes mas não deixas de pensar. Sei sentir-te sem estares perto e também sei que tudo isto nos transcende corpo e alma porque, à nossa volta, somos únicas e o infinito é nosso. Apenas quando durmo esqueço que o céu já não é cinzento no que a vida nos espera. Mas isso é só às vezes, Meu Amor, porque estou cansada, porque me faltam muitas horas de sono, porque quando durmo prego partidas a mim mesma. Tenho medo que o sono não ponha ordem nas ideias e que, ao acordar, tu não estejas embrulhada em mim. Mas sei que somos indestrutíveis, maiores do que a vida, o que muitos julgam improvável. Sei que o Amor verdadeiro não tem medo nem desiste. Sei que os nossos braços nos seguram com o peso do mundo às costas e nunca, por um segundo que seja, lhes falta a força rara do Amor. De tão teoricamente improváveis, somos exemplo e inspiração, porque existimos corpo alma e coração numa só.
sexta-feira, 18 de janeiro de 2008
Aberto de madrugada
E quando as noites se medem pelo incêndio que nos desarruma pouco importam as horas de sono que não sobram porque o dia amanhece sempre demasiado cedo. Pouco importa o mundo lá fora quando nós temos o universo nas mãos. Quero-te nesse infinito que o tempo não esgota em mim. Quero-nos do tamanho desse infinito que sentimos dentro sem equívoco e tão completamente. E nas horas que incendiamos não há noite nem dia, apenas nós e esta vontade de sermos para sempre a pele da pele que nos abraça. Sinto-te nos lábios um corpo inteiro em desassossego. Beijo-te a saudade em que nos guardamos sempre e a toda a hora. Porque tenho saudades tuas mesmo no intervalo de um beijo, porque me fazes falta entre um abraço e outro. Porque te sinto o mesmo desespero com que eu te espero nas horas. E ainda que te diga que não há longe nem distância, sabes que minto e tu te mentes, porque a saudade em que nos sentimos constantemente vem de um querer absoluto que não se compadece com intervalos. O incêndio que nos rouba ao sono e nos consome tão perdidamente é urgência do corpo e da alma por via do coração - o Amor não sabe esperar.
quarta-feira, 16 de janeiro de 2008
730 dias
Foi quase ontem mesmo que tenhamos vivido duas vidas entretanto. Contei os dias, setecentos e trinta menos alguns que contam também. Há dois anos atrás este dia amanheceu como outro qualquer, foi ao anoitecer que descobri o teu 'bom-dia' para o resto da minha vida. Depois disso, morri quem era e descobri-me uma outra vida nas palavras que pouco a pouco te iam revelando. Desconhecia-te a voz, mas fui aprendendo o tom da alma. Chegaste-me perto, entraste-me por debaixo da pele e, desde então, moras na minha cabeça noite e dia e hoje a nossa casa é o coração. Há dois anos atrás não existíamos, hoje partilhamos um prato e seguramos o infinitamente que nos adivinhámos uma na outra. Obrigada, Meu Amor, por nos teres encontrado uma vida maior e um único caminho - juntas somos tudo e sempre a nossa condição.
terça-feira, 15 de janeiro de 2008
Noites árabes
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Hoje recordo-te a história de mil e uma estrelas que iluminam outras tantas noites nos meus olhos ao encontro dos teus num quarto das arábias. A nossa história não tem mil e uma noites, tem mil vidas e um universo inteiro dentro do quarto, sobre a cama que nos acolhe. A nossa história é feita do sonho que nos adormece na mesma almofada, embrulhadas num beijo que o sono não demove nem o corpo desiste por cansaço. Porque a tua pele na minha é vida e um perpétuo desassossego. Mil e uma estrelas se aninham neste mar e terra que somos nós. Somos luz que não se acaba e mil galáxias por descobrir. Somos muitas noites por dormir em cada noite e muitos dias de noites em branco pela vontade infinita que temos de nós. Na parede do quarto o coração projecta-nos em pedaços de luz nas histórias em que nos recordamos. A alma não se cansa nem o coração adormece, aconchegam-nos neste abraço que nos aninha para o resto da nossa vida.
segunda-feira, 14 de janeiro de 2008
Muito mais
Mais do que ontem, menos do que amanhã... não me faz sentido ser de outra forma, porque aprendi, entre a vida e a morte, que o Amor não reconhece nem Tempo nem distância. E se conto os anos que nos seguram na mesma vontade é porque tenho pressa de poder dizer que te tenho há mais de uma vida. Tenho pressa de envelhecer contigo como a madeira velha daquela janela que jamais deixou quebrar o vidro. Ainda há pouco entravas na minha vida onde eu te sonhei sempre e hoje que aqui estamos, sei q não vivi antes de ti. E também sei que depois de ti não há nada, a janela estará partida, a casa fria e vazia a alma. A vida é feita deste bocadinho que acrescento todos os dias ao mais do que ontem. Sei que é menos do que amanhã e infinitamente menos do que daqui a cem anos se tivéssemos mais cem anos de 'nós'. O que é que é mais do que 'muito mais'? Se soubesse dizer por palavras o tanto que colecciono no passar dos dias, saberia responder. O que vem nos livros é pouco, o Amor é mais, muito mais do que muito mais. Se hoje para mim és tudo, amanhã estamos para além do infinito.
sexta-feira, 11 de janeiro de 2008
Numa fatia do Tempo
Hoje passo por aqui a pensar que os dias nascem e morrem em vinte e quatro horas, o mundo muda e nenhum minuto se repete. E nós envelhecemos entre uma palavra e outra. A mesma coisa amanhã será diferente, porque nada permanece igual. Até o passado se altera no que guardamos dele, porque as memórias, por força que as segure, baralham-se e rendem-se ao passar do tempo. E nós não queremos perder nada e perdemos sempre qualquer coisa... e ganhamos também, porque a vida dá, tira, devolve, oferece e rouba. Nada é nosso verdadeiramente porque o nosso tempo é emprestado e nós vivemos uma prestação. Hoje lembrei-me do sentido de mudança e que não tenho direitos nenhuns sobre o Tempo. Mas tenho o dever de insistir no que quero e o momento é hoje porque hoje é o sempre mais próximo de nós. Em todas as coisas que vou pensando aqui e agora encontro-te em histórias de nós e planos de amanhã. Não quero contigo dias de espuma, quero passado, presente e futuro bem medidos. Quero dias bem dormidos e acordados em nós. Quero-te infinitamente e quando esgotarmos o tempo que temos quero-nos a eternidade. Tenho a certeza que tudo muda, menos a intensidade do que te sinto em mim e do que sei que somos, uma.
quarta-feira, 9 de janeiro de 2008
Porque sim
Porquê? Não sei, não se explica. Acontece sem darmos por isso, acontece uma vez na vida aos poucos que têm essa sorte. Acontece a pouca gente e não se explica. Sente-se e eu, que te sinto tão completamente, desespero por não me saber explicar com a mesma clareza com que te sinto a minha vida. Sinto-te desde sempre e não sei como, mas sinto-te como sei que existo e tu existes e sei a força com que vivemos o 'nós'. Porque amar é não saber nada e sentir a inevitabilidade da entrega num gesto natural. A intensidade com que te vivo não se explica porque o amor é um estado de alma e não uma ciência do conhecimento. O único livro que recordo àcerca do Amor é a tua pele na minha, os teus olhos e o tudo que neles leio. O coração vê através da alma e ama por impulso. Porquê? Porque o que a razão não explica, o coração conhece de cor. Porque sentir é viver e amar é ter um sentido, um destino a cumprir. Amar-te é acreditar que somos eternamente. Porquê? Porque sim, porque é assim que nos sinto desde o princípio... sem fim.
terça-feira, 8 de janeiro de 2008
De dentro
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Vem de dentro este sentir-te, de um lugar que eu não sei o nome mas que fica no lado mais inteiro e mais seguro da alma. Vem de dentro este lugar onde existimos eternamente e somos sempre mais para além do tanto que já nos sabemos. Vem de dentro este infinito que nos aninha e nos desassossega o sono. Vem de dentro este oceano de saudades que nos fica no intervalo das horas sem nós. Vem de dentro este céu e terra combinados, sem chão nem tecto, num momento de um beijo. Vem de dentro este conhecer-te antes de encontrar-te e esta espera sem adivinhar que existias. Vem de dentro, de um sítio que eu não sei o nome, mas que existe do lado esquerdo de nós que nos garante a vida e a eternidade também. Vem de dentro o tempo, a luz e a força do que somos. Vem de dentro da alma o coração que, de tanto te amar, cresceu e encontrou o sentido de 'sempre'.
segunda-feira, 7 de janeiro de 2008
Depois do fim do ano
Já passaram seis dias, faltam 360. Não chego tarde, venho a tempo de desejar a todos os que contemplam a transparência do vidro que o novo ano multiplique os momentos de felicidade de 2007.
Menos do que isso é dispensável.
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