segunda-feira, 21 de janeiro de 2008

Durante o intervalo

Cliff Wright, All for the love of ivy, 2005

Durmo em pé porque tenho medo de desperdiçar tempo demais atormentada por sonhos que voltam sem aviso nem razão. Sei que o Amor é uma montanha que ninguém muda de lugar e nós somos essa força que nos segura ao chão. Sei que o tempo não nos esgota nem os lábios se cansam de beijos. Sei que somos tudo e que sempre fomos, mesmo quando não tínhamos quase nada. Sei ler-te nos olhos e sei o que não dizes mas não deixas de pensar. Sei sentir-te sem estares perto e também sei que tudo isto nos transcende corpo e alma porque, à nossa volta, somos únicas e o infinito é nosso. Apenas quando durmo esqueço que o céu já não é cinzento no que a vida nos espera. Mas isso é só às vezes, Meu Amor, porque estou cansada, porque me faltam muitas horas de sono, porque quando durmo prego partidas a mim mesma. Tenho medo que o sono não ponha ordem nas ideias e que, ao acordar, tu não estejas embrulhada em mim. Mas sei que somos indestrutíveis, maiores do que a vida, o que muitos julgam improvável. Sei que o Amor verdadeiro não tem medo nem desiste. Sei que os nossos braços nos seguram com o peso do mundo às costas e nunca, por um segundo que seja, lhes falta a força rara do Amor. De tão teoricamente improváveis, somos exemplo e inspiração, porque existimos corpo alma e coração numa só.

4 comentários:

Helena disse...

e um amor assim vale tudo!
:)

Bjs
Druiel

Anónimo disse...

minha querida...de vez em quando sentimos as inseguranças, m elas passam ...por vezes basta um olhar,

bjs

Always disse...

Druiel,

Acredito que um amor assim vale tudo e vivo este amor segundo essa lei única.

Bjos

Always disse...

Principezinho,

Obrigada pelo cuidado contido no teu comentário.
A vida nem sempre se compadece com a alma. Nos dias cinzentos, salva-nos o Amor e a firmeza dos braços apaixonados que nos seguram. Basta essa certeza para tudo valer a pena.

Bjos