quarta-feira, 15 de setembro de 2010

No fundo do mar

Patrick Smith, Point Reyes Light, 2009

Hoje espreitei o fundo do mar e senti-me pobre por viver à superfície. Aqui, sentada no conforto e abrigada da chuva, desejei ser peixe das profundezas, irresistivelmente luminoso numa escuridão sem fim, apenas quebrada pela vida desses reflexos de luz. Hoje deixei-me seduzir por esse mundo de diferença, onde tudo é ao contrário do que aqui existe ao sol. Porque a diferença seduz e torna tudo mais encantador. Foi assim que te vi pela primeira vez, como se fosses o fundo mar, onde eu nunca fui mas onde presssinto a vertigem e a sedução hipnótica da diferença, do desconhecido. E assim te vejo hoje quando nem suspeitas que estou a olhar. Gosto tanto da forma como me encantas sem saberes, nesses instantes em que te visito no fundo do mar.

2 comentários:

YeuxdeFemme disse...

Devia ser proibido as pessoas escreverem tão bem. Lol :P
Vejo-me obrigada a comentar sempre que te leio. :P
Uau!

Always disse...

LOL... Comenta à vontade! Gosto de saber q não sou enfadonha na minha escrita feita de variações sobre o mesmo tema. :-)