sexta-feira, 28 de outubro de 2011

Amor-granito

Anabark, Penedo (AGO2011)

O gostar de alguém não se desfaz como açucar fino num copo de água. Permanece, sobrevive, mesmo quando esse alguém nos morre. É a derradeira prova de que a alma existe, o ser lume que nos ilumina, nos aquece e nos mantém. Gostar de alguém é sentir que estamos vivos e com alguma finalidade, acreditar que existimos fora de nós, que não somos pontos isolados numa paisagem sem fim. Gostar de alguém é ter voz por dentro e um coração cheio de coisas para dizer, abraçar sem tempo e receber o abraço daquilo que dá pelo estranho nome de 'Amor', essa imaterialidade que nos sustenta o equilíbrio primordial. Gostar de alguém é amar e o Amor é um penedo nascido das entranhas da terra que nem o tempo nem a morte arredam de lugar.

6 comentários:

Lábios de Caprichos disse...

Existem tantas definições para o amor, o gostar incondicional que muda o Mundo...
Cada Ser sente o Amor como seu, tao intangível, tao repleto, tao... mas o certo é que cada amor enche o Mundo e deixa a sua marca *

Always disse...

Tens razão, Lábios de Capricho!
E o melhor mesmo é que o mundo se sinta amado. Não resolve todos os problemas, mas ajuda muito a ter disponibilidade para encontrar soluções. :)

Beijos e bom fim de semana! :)

L.S. disse...

Agrada-me a ideia de amor-granito. da imagem de resistência, de permanência...

Always disse...

L.S.
Obrigado pelo feedback... :)
Seria impensável conceber o Amor como areia á mercê do capricho do vento... Não seria Amor, mas outra coisa qualquer sem grande história para contar...

marta disse...

...nunca vou esquecer aquele café morno tão doce...talvez por isso, para mim, o amor é café...morno, doce, forte, amargo, cheio, curto, fraco, quente, frio...enfim...

Always disse...

E por que não, Marta?
Faz sentido que seja algo que nos fique como alma da nossa própria alma... :-)